Sunday, January 25, 2015

Desmerecedor - Undeserving

 

Tu Mestre, guiaste meu entendimento ao encontro da verdade crua;
Que nada fosse escondido e que nada fosse temido no ventre do meu ser... 
Enquanto durmo em delírios e devaneios e acordo entre o morrer e o nascer do sol, suplico por aceitar a tua benção. Porque daqui de onde não posso ver, estou à mercê de não merecer amor...
Do mais profundo em mim, do mais primitivo e inexplicável, - ensina-me a merecer...
Nessa loucura solitária, eu não sei o que é justiça, não sei o que é consolo, não sei o que é resgate nem o que é reconciliação...
Desfazendo as memórias mais doídas, na raiz prostituida da fábrica dessa ilusão.

Mestre, pediste-me para não ter medo, me sorriste que ignorasse a todos os julgamentos, me falaste de canções de amor... Porém hoje, peço-te que perdoe minha humanidade, pois aqui estou a chorar... Choro a minha ilusão de que nada mereço pois nada trago de valor. Sonhando o sonho de um tempo que não lembro, de vindas e visitas à contradições do mundo que habito, enquanto caminho em direção de mim mesma.
Mostra-me lá, onde penso que não mereço te encontrar, o amor que é a minha única vontade...

-Dja Putin

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