Tu Mestre, guiaste meu entendimento ao encontro da verdade crua;
Que
nada fosse escondido e que nada fosse temido no ventre do meu ser...
Enquanto durmo em delírios e devaneios e acordo entre o morrer e
o nascer do sol, suplico por aceitar a tua benção. Porque daqui de onde
não posso ver, estou
à mercê de não merecer amor...
Do mais profundo em mim, do mais primitivo e i
nexplicável, - ensina-me a
merecer...
Nessa loucura solitária, eu não sei o que é justiça, não sei o
que é consolo, não sei o que é resgate nem o que é reconciliação...
Desfazendo as memórias mais doídas, na raiz prostituida da
fábrica dessa ilusão.
Mestre,
pediste-me para não ter medo, me sorriste que ignorasse a todos os
julgamentos, me falaste de canções de amor... Porém hoje, peço-te que perdoe
minha humanidade, pois aqui estou a chorar... Choro a minha ilusão
de que nada mereço pois nada trago de valor. Sonhando o sonho de um
tempo que não lembro, de vindas e visitas à contradições do mundo que
habito, enquanto caminho em direção de mim mesma.
Mostra-me lá, onde
penso que não mereço te encontrar, o amor que é a minha única vontade...
-Dja Putin